Medidas têm o intuito de reduzir níveis de infestação do mosquito em Garanhuns
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Programa Nacional de Combate à Dengue em Garanhuns (PNCD-GUS), realizou o primeiro Levantamento de Índice Rápido de Infestação Predial do Aedes aegypti (LIRAa). Os números, seguem uma tendência de crescimento durante esta época do ano, com o aumento da temperatura e a possibilidade de acúmulo de águas decorrentes das chuvas de verão. O índice está ligado à quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, encontradas em pesquisa amostral.
Apesar dos bons resultados obtidos em pesquisas anteriores, algumas localidades apresentaram um índice de infestação expressivo com o crescimento de focos do mosquito; entre eles estão a Vila do Quartel, com 20,6% e a Cohab III, com 17,7%.
O aumento está associado a diversos fatores, como o armazenamento irregular de água nas casas e a ação química do larvicida utilizado, que acontece de forma gradativa. “Esse produto faz com que as larvas não se desenvolvam até à fase alada do mosquito, levando aproximadamente 20 dias até que sejam eliminadas. Em alguns casos, as amostras para o levantamento são colhidas durante esse período”, afirmou o coordenador do PNCD-GUS, Anilson Leite.
Levando em consideração os resultados atingidos este mês, a expectativa é de que ocorra uma reversão a níveis que garantam a segurança da população de Garanhuns com relação às doenças. Para isso, os órgãos de controle do vetor têm buscado ações eficazes no combate através do trabalho desenvolvido pelos agentes de endemias e de toda equipe engajada.
Com o objetivo de reduzir o percentual, o setor de epidemiologia segue alinhado por meio de reuniões com a diretoria de Vigilância em Saúde, a coordenação do Programa de Combate à Dengue e a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), visando providenciar medidas de prevenção e combate do mosquito.
Além do trabalho dos agentes de endemias, será retomada durante este mês a distribuição de peixes ornamentais da espécie Poecilia reticulata, conhecidos como “guppy” ou “barrigudinho”, que são colocados em caixas d’água desprovidas de tampas, bem como tonéis, tanques e outros depósitos que estejam na mesma situação. Também será realizada a ampliação na distribuição de repelentes pela SASDH, para população beneficiada pelos Centros de Referência em Assistência Social (Cras’s).
Até o momento, foram notificados dois casos de dengue e um de febre chikungunya em Garanhuns, porém, nenhum destes foi confirmado. Se algum caso destas viroses for confirmado, ações de bloqueio serão utilizadas, com o uso dos equipamentos de Ultra Baixo Volume (UBV) costais — bombas costais motorizadas que servem para a aplicação de substâncias inseticidas.
De acordo com Cilene Espinhara, que também atua como coordenadora do PNCD-GUS, é de grande importância que a população esteja atenta, para assim eliminar ambientes propícios para a multiplicação do mosquito. “Sabemos que mais de 90% dos focos encontram-se dentro dos domicílios, e o levantamento é um espelho da existência do Aedes no município, para começarmos a traçar estratégias no intuito de reduzir ao máximo os índices em Garanhuns”, finalizou.
Foto: Camila Queiroz — Secom/PMG
Texto: AQUILLES SOARES
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